quarta-feira, 27 de junho de 2012

A Gestão da Qualidade

Gestão de qualidade


        A gestão da qualidade pode ser definida como sendo qualquer atividade coordenada para dirigir e controlar uma organização no sentido de possibilitar a melhoria de produtos/serviços com vistas a garantir a completa satisfação das necessidades dos clientes relacionadas ao que está sendo oferecido, ou ainda, a superação de suas expectativas.
Desta forma, a gestão da qualidade não precisa, necessariamente, implicar na adoção de alguma certificação embora este seja o meio mais comum e o mais difundido, porém, sempre envolve a observância de alguns conceitos básicos, ou princípios de gestão da qualidade, que podem e devem ser observados por qualquer organização. A saber:

 Focalização no cliente: qualquer organização tem como motivo de sua existência a satisfação de determinada necessidade de seu cliente, seja com o oferecimento de um produto ou serviço. Portanto, o foco no cliente é um princípio fundamental da gestão da qualidade que deve sempre buscar o atendimento pleno das necessidades do cliente sejam elas atuais ou futuras e mesmo a superação das expectativas deste;

Liderança: cabe aos líderes em uma organização criar e manter um ambiente propício para que os envolvidos no processo desempenhem suas atividades de forma adequada e que se sintam motivadas e comprometidas a atingir os objetivos da organização;

Envolvimento das pessoas: toda organização é formada por pessoas que, em conjunto, constituem a essência da organização. Portanto, a gestão da qualidade deve compreender o envolvimento de todos, o que possibilitará o uso de sãs habilidades para o benefício da organização;

Abordagem por processos: a abordagem por processos permite uma visão sistêmica do funcionamento da empresa como um todo, possibilitando o alcance mais eficiente dos resultados desejados;

Abordagem sistêmica: a abordagem sistêmica na gestão da qualidade permite que os processos inter-relacionados sejam identificados, entendidos e gerenciados de forma a melhorar o desempenho da organização como um todo;

Melhoria contínua: para que a organização consiga manter a qualidade de seus produtos atendendo suas necessidades atuais e futuras e encantando-o (excedendo suas expectativas), é necessário que ela tenha seu foco voltado sempre para a melhoria contínua do seu processo e produto/serviço;

Abordagem factual para a tomada de decisão: todas as decisões dentro de um sistema de gestão de qualidade devem se tomadas com base em fatos, dados concretos e análise de informações, o que implica na implementação e manutenção de um sistema eficiente de monitoramento;

Benefícios mútuos nas relações com fornecedores: a organização deve buscar o relacionamento de benefício mútuo com seus fornecedores através do desenvolvimento de alianças estratégicas, parcerias e respeito mútuo, pois o trabalho em conjunto de ambos facilitará a criação de valor.


JUST IN TIME
O just-in-time é uma filosofia operacional com o objetivo básico de eliminar desperdícios, considerando desperdício tudo o que vai para além do mínimo indispensável para acrescentar valor a um produto. Esse mínimo aplica-se ao tempo, mão de obra, materiais, espaço, máquinas, etc. Só se deve, assim, comprar e produzir aquilo de que se necessita e quando se necessita.
A redução de stocks permite diminuir drasticamente os encargos com os capitais circulantes, sendo os ganhos tanto maiores quanto maior for a taxa de juro. Além disso, o just-in-time permite aumentar a competitividade e reduzir os custos, o que se consegue respondendo melhor e mais rapidamente às exigências dos clientes, impulsionando a flexibilidade, a qualidade e a produtividade, e combatendo o desperdício sob todas as formas.
Podemos resumir o just-in-time numa imagem semelhante aos 5 zeros olímpicos:
 
Zero stocks – através de um controlo rigoroso do fornecimento de materiais (MRP – Materials Requirements Planning) e flexibilidade nas mudanças de produção, com uma reduzida utilização de stocks de produtos em vias de fabrico e de produtos acabados.
Zero defeitos – praticando-se uma gestão para a qualidade total (TQM – Total Quality Management) que implica:
- forte investimento na formação das pessoas em todos os sectores da empresa;
- elevada qualidade do produto;
- uso de tecnologia sofisticada para eliminar, o mais possível, erros humanos.
Zero avarias – implica formação permanente dos operários, assim como um plano e estratégias de manutenção do equipamento (TPM – Total Productive Maintenance).
Zero atrasos – mobilidade na alteração de programas de fabrico, com diminuição do índice de rejeições e do índice de avarias (TQM + TPM + kanban), o que, em conjunto, faz diminuir os prazos de entrega.
Zero papéis – eliminação de circuitos burocráticos pelo recurso a tecnologias de informação e comunicação.


Kanban

O que é Kanban ?

Kanban é um termo de origem japonesa e significa literalmente “cartão” ou “sinalização”. É um conceito relacionado com a utilização de cartões para indicar o andamento dos fluxos de produção em empresas de fabricação em série. Nesses cartões são colocadas indicações sobre uma determinada tarefa, por exemplo, “para executar”, “em andamento” ou “finalizado”.
         A utilização de um sistema Kanban permite um controle detalhado de produção com informações sobre quando, quanto e o que produzir. O método Kanban foi inicialmente aplicado em empresas japonesas de fabricação em série e está estreitamente ligado ao conceito de “just in time”. A empresa japonesa de automóveis Toyota foi a responsável pela introdução desse método devido a necessidade de manter um eficaz funcionamento do sistema de produção em série.


Ferramentas da qualidade

Introdução
       Estas ferramentas são de muita utilidade para a solução de problemas e podem ser utilizadas em conjunto ou mesmo separadamente. Associações de ferramentas estão sempre presentes no controle da qualidade.

As Sete Ferramentas da Qualidade são:
·         Diagrama de Pareto
·         Diagrama de Causa e Efeito (Ishikawa)
·         Histograma
·         Folha de Verificação
·         Gráfico de Dispersão
·         Fluxograma
·         Gráfico de Controle
        

                                                              Diagrama de Pareto

                   O que é: Diagrama de barra que ordena as ocorrências do maior para o menor
                    Para que utilizar: Priorizar os poucos, mais vitais.


 
  
       Diagrama de causa e efeito de Ishikawa
 
             O que é: Estrutura do método que expressa, de modo simples e fácil, a série de causa e de um efeito (problemas)
           Para que utilizar: Ampliar a quantidade de causas potenciais a serem analisadas.


Histograma


             O que é: Diagrama de barra que representa a distribuição da ferramenta de uma população
      Para que utilizar: verificar o comportamento de um processo em relação à especificação



                                                            Folha de Verificação

                     O que é: planilha para a coleta de dados
              Para que utilizar: para facilitar a coleta  de dados pertinentes a um problema



Diagrama de Dispersão

    O que é: gráfico cartesiano que representa a relação entre duas variáveis    
                  Para que utilizar: verificar  a correlação entre duas variáveis




Gráfico de Controle 

                         O que é: gráfico com o limite de controle que permite o monitoramento dos processos
Para que utilizar: verificar se o processo está sob controle



5s
      O 5S é o bom-senso que pode ser ensinado, aperfeiçoado, praticado para o crescimento humano e profissional. Convém se tornar hábito, costume, cultura.
     A sigla 5S saiu de cinco palavras japonesas que começam com a letra S.



Seiri
Senso de Utilização
Seiton
Senso de Ordenação
Seisou
Senso de Limpeza
Seiketsu
Senso de Saúde
Shitsuke
Senso de Autodisciplina
     O 5S surgiu no Japão no início dos anos 1950. Na indústria, seus principais papéis são: liberar áreas, evitar desperdícios, melhorar relacionamentos, facilitar as atividades e localização de recursos disponíveis. Trata de uma sigla formada pelas iniciais de cinco palavras japonesas. No Brasil, alguns “S”  foram traduzidos usando palavras variadas. Com isso, o 5S gerou resultados diferentes de um para outro local. A tradução que adotamos é uma das mais praticadas, graças ao trabalho feito pela Fundação Christiano Ottoni (FCO), em empresas e escolas, a partir da década de 90. É tradução adequada a qualquer lugar onde se vive, por não usar expressões exclusivas do meio empresarial.
     Observando os métodos de gestão e o potencial das pessoas em variados ambientes, sentimos que, devidamente entendido e apresentado, o 5S pode ser praticado por qualquer pessoa, em qualquer circunstância. Com isso, o 5S que praticamos hoje é mais humano do que quando começou a ser divulgado no Brasil, nos anos 1980. Seus princípios são semelhantes aos princípios da vida.


1.º S - SEIRI - SENSO DE UTILIZAÇÃO
 
     CONCEITO: "separar o útil do inútil, eliminando o desnecessário".

2.º S - SEITON - SENSO DE ARRUMAÇÃO
 
                    CONCEITO: "identificar e arrumar tudo, para que qualquer pessoa possa localizar facilmente".   

3.º S - SEISO - SENSO DE LIMPEZA

                    CONCEITO: "manter um ambiente sempre limpo, eliminando as causas da sujeira e aprendendo a não sujar".

4.º S - SEIKETSU - SENSO DE SAÚDE E HIGIENE
 
                   CONCEITO: "manter um ambiente de trabalho sempre favorável a saúde e higiene"

5.º S - SHITSUKE - SENSO DE AUTO-DISCIPLINA
 
                  CONCEITO: "fazer dessas atitudes, ou seja, da metodologia, um hábito, transformando os 5s's num modo de vida".